C. J. VELLASQUES - ESCRITOR

  PREFACIO   Ao avançar pelas páginas da presente obra, somos levados a uma jornada muito bem sinalizada pela eximia fundamentação teórica, na qual o escritor alicerça  o livro digital. A leitura nos oferece uma leitura didática linha do tempo de cunho cronológico, que inicia no século XIX com o advento do contestado e segue indicando pontos relevantes para o surgimento de Rio Negrinho. Somos convidados deste modo, a construir uma compreensão mais pontual sobre nosso município, busca tanto o contexto histórico de nossos valorosos desbravadores para só então avistarmos o solo sagrado do tempo presente. A partir do agora somos surpreendidos pelos elementos mágicos dos contos, da narrativa segura entorno da história, a sutilezas das poesias e a paixão do diálogo. Surgem a cada dedilhar da proposta, novos personagens, eles nos desafiam a VOAR e conhecer as belezas de Rio Negrinho. O Coordenador da proposta, resgata seu menino interior, dando voz a curiosidade, a lev...

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  Poema de Bárbara Num dia de tempestade, eis que julho nos deu de presente, Kamila! deu luz a doce Barbara, linda e incandescente. Minha neta, tão bebe e já destemida, preciosidade encontrada, Em teu meigo rostinho vejo a poesia, lua encantada.   Filha de Augusto e Kamila, amor em versos declamados, Na tormenta se fez calmaria, em seus braços amparados. Raul, irmão zeloso, nesse papel recém escrito, Guardião da lua encantada, o sol no céu infinito.   Doce Barbara, minha neta, nasceste sob os acordes de uma canção, Versos de teu avô, estrofes do coração. Em cada palavra, um carinho, em cada rima, uma emoção, Minha eterna homenagem a ti, singela e abençoada paixão.   Tu és o arco-íris após o choro do céu, A promessa do sol, sob o manto do véu. Teu avô, aqui está, ainda que embalado pelos cânions, a observar, Nos dias de sol ou tempestade, sempre por ti irei orar.   Ó Barbara, luar de prata, presente que Deus nos dá, Com...

 Semente lançada  Em Laguna, a aguise de esperança descende, Onde Aninha, bravura em pele de mulher, se acende. A Serra cede espaço aos contos de glória, Do encontro entre Aninha e Garibaldi, começa a história de Anita. Cidade berço de uma heroína destemida, Laguna, sob teu céu, foi tecida. Anita, menina mulher, a sonhar, Encontra em Garibaldi um novo mar. Ele, um revolucionário de fervor, Ela, um espírito de ardor. Em meio a luta e fervorosa paixão, Tece-se a saga de uma imortal canção.                               Juntos no combate pela liberdade, Marcaram seus nomes na eternidade. Laguna, palco desta dança do destino, Em cada esquina, suspira esse amor peregrino. Anita, Guerreira da Humanidade, Sua história é de luta e lealdade. Heroína dos dois mundos, Teus feitos, ecoam nos confins mais profundos. No sul de Santa Catarina, o coração se põe, Na memória de Anita, a alma do povo entoa ...