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Mostrando postagens de junho, 2023

CONTOS DE UM RIO

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CONTOS DE UM RIO      Desde os tempos idos, esta terra pertencia aos nossos ancestrais; todavia, quando desço o rio, vejo, misturado ao verde esplendor, a marca deixada por poucos as suas margens.    Esses não se contentam só em poluir e, quando se observa isso, o meu coração parece querer substituir tudo o que para na curva do rio e ali permanecer na busca do que foi um dia.    Sou água, sou verde, sou você, sou quem se foi e quem virá; sou o Rio de seus antepassados e tenho te observado como tens me tratado, e só posso retribuir na mesma proporção.    E a vida se espalha pelas águas, assim como o sonho invade a alma, para continuar a navegar nos rios dos nossos antepassados.    Assim é a vida, como um rio que se molda a cada desafio e segue adiante; sem vacilar, avançamos descobrindo o destino das guerras e os motivos das flores. As pessoas de Rio Negrinho, contudo, é exemplo de superação.   A   cidade passou por mo...

Artista Plástica Dolores Maria Vellasques - " O último adeus"

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  Tela Óleo de Dolores Vellasques O último adeus! Silente testemunha de tantos anos, Erguida à beira da estrada d’outrora, Tua majestade inspirava nossos danos, Era nossa sombra em noite enluarada. Mas ainda ontem te encontramos caída, Em seu espaço agora a aura de um passado de glória, Despedida que a todos comove e fere, Tua jornada cumprida. Tuas folhas secas pelo vento levadas, Teu madeiramento cedeu ao tempo, Mas tua alma não se apagará, Só mudou de forma, em novo momento. Ao solo que te acolheu em teu adeus, Tu agora jazes, contudo, esperança ao novo tempo, Te tornarás parte de um ciclo que já se deu, Um novo começo para a natureza em movimento.   Neste último adeus!   Te saudamos com respeito e admiração , Pois tua vida encantou sua geração, Obrigado pela sombra cedida ao viajante, que em nome do amor contigo orou! Pois tu representas nesses caminhos, a ligação do vácuo ao tempo.

Apresentação

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Cleverson José Vellasques,  (C. J. Vellasques) casado com Juliana Vanessa dos Santos Vellasques, pai de cinco pessoas incríveis, avô de uma geração fantástica, Advogado; Escritor; Ultramaratonista; Presidente da Academia de Letras do Brasil de Santa Cataria seccional de Rio Negrinho. Meu espírito em prosa poética é mais discreto ao se apresentar, mas não se cala ao se provocar  ... Quanto a este que ora dedilha, não te atentes, cresceu montando cabos de vassoura, cavalgando rédeas de barbante, soltando bombinhas em bueiros e veleiros de jornal nas enxurradas. Mas com os tombos da vida, a vassoura se tornou lombo, o barbante se transformou em brida. Cavalgou cavalos reais, tiritou ventos gelados, nadou por águas profundas. Já foi pinha, já foi chão, um cavaleiro a trotear num sonho tropeiro insano. O velho jornal virou pano, A enxurrada se transformou em oceano. Mas com as cicatrizes e os cortes profundos d’alma , os pensamentos frágeis se tornaram efêmeros como fogo em p...