Idas e vindas






Idas e vindas. 


Em um mar silencioso de desespero profundo,

Minha voz se afoga, me sinto no mundo.

A dor que palpita, um coração magoado,

Na dança do amor, sinto-me deslocado.


Os ecos das palavras, um vazio a preencher,

Busco compreensão, algo para entender.

Mas em cada esquina, só a indiferença vejo,

E nesse labirinto, perco-me em desejo.


As sombras envolvem, a alma em agonia,

Esperando por um sinal, uma empatia.

Mas o silêncio é a única resposta que tenho,

E no frio desse inverno, sozinho me detenho.


Que a noite escura traga algum alento,

E que o amanhã possa trazer um novo momento.

A primavera se avizinha e a esperança vem em avivamento

O verão chegará e meu coração que já foi gelado deixará de ser cinzento  


No resplendor após a tormenta, um brilho familiar,

O amor que nunca se ausentou, voltou a brilhar.

O coração, que uma vez sofreu, agora revive com fervor,

Na mesma dança, com a mesma parceira, encontro renovado valor.


Risos e lembranças, ecoam no espaço outrora silente,

Juntos, relembrando o caminho, o amor é novamente quente.

Em cada olhar trocado, a história que sempre soubemos,

E nos braços do amor antigo, novamente nos perdemos.


O sol que sempre esteve lá, agora brilha com mais intensidade,

Banindo as sombras do passado, iluminando nossa realidade.

A voz silenciada pela dor, agora canta com contentamento,

E no calor do verão, celebra-se a cada momento.


A primavera nos lembrou, da beleza que estava adormecida,

E o verão, em sua glória, celebrou a chama reacendida.

Pois mesmo após as tempestades, e noites sem fim, 

           O verdadeiro amor perdura, reacendendo-se assim.                    


Por C. J. Vellasques



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