Abismo da alma perdida...
Mergulhado no abismo profundo,
Em trevas densas que o mundo desconhece,
Cada suspiro um lamento, um grito agudo,
E no coração, um tormento que nunca cessa.
O vento sopra com fúria, cortante e frio,
E eu, em meus pensamentos, estou apenas por um fio.
Ecos de vozes do passado ressoam sem fim,
Lembranças que sangram, sem qualquer piedade de mim.
Numa tempestade de emoções, sou arrastado,
Por marés violentas, por um amor que se tornou pecado.
Teu rosto, outrora luz, agora é minha obscuridade,
Em meio a um oceano de dúvidas e saudade.
Em teus olhos, enxergava o brilho das estrelas,
Mas agora, só vejo a noite vazia, sem elas.
Se minha alma pudesse gritar, ouvirias seu clamor,
E entenderias a magnitude desta dor.
No silêncio ensurdecedor da madrugada,
Busco tua mão, mas só encontro o vazio, o nada.
A chama que antes ardente, agora se apaga lenta,
E neste crepúsculo sombrio, só a saudade me atenta.
Mas mesmo nas trevas, um fio de esperança persiste,
Porque, apesar de tudo, ainda acredito que existe,
Um amor que possa redimir, que possa curar,
E que, talvez, um dia, possa novamente brilhar.
No ardor de cada memória que queima,
Ela sente o toque, o fogo da paixão que teima.
Entre chamas e desejos, o coração se inflama,
E no calor desse abismo, ainda clama.
Por momentos roubados, sob o véu da noite,
Onde o desejo e a paixão se fizeram açoite.
Nesse abismo, onde a alma se perde e se encontra,
O fogo do amor, em seu ser, ainda desponta.
Cada centelha, uma promessa do que foi e será,
No abismo ardente, onde o amor sempre reinará.
E mesmo na escuridão mais profunda e desmedida,
A paixão incendeia, iluminando a vida perdida.
Por C. J. Vellasques
"A imagem visualiza o conceito do 'Abismo da Alma Perdida' repleto de sombras densas, que personifica um mundo desconhecido. Neste abismo, uma figura solitária é retratada, encarnando um profundo senso de tormento e angústia incessante. O ambiente é áspero, com ventos cortantes e frios circulando ao redor, e ecos de vozes do passado assombrando o espaço. A figura é capturada em uma tempestade de emoções, arrastada por marés violentas, simbolizando um amor transformado em pecado. O abismo está cheio de memórias que sangram sem misericórdia, e os olhos da figura, outrora brilhantes, agora refletem uma noite vazia de estrelas. A imagem captura a intensa dor e os gritos silenciosos da alma, com um pano de fundo de um oceano desolado de dúvidas e saudades. No entanto, em meio a essa escuridão, um tênue brilho de esperança persiste, sugerindo a possibilidade de redenção e um amor curativo. O abismo é uma representação metafórica de um coração inflamado por paixão e anseio, com cada centelha representando a promessa de um amor que já foi e poderia ser novamente, iluminando a vida perdida na profunda escuridão."
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