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Mostrando postagens de janeiro, 2024

Gotas da Paixão

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  Gotas da Paixão. Em meu peito mora um vasto mar, onde as rimas fluem, como as ondas a bailar.  Nesse espaço tão grandioso, as palavras flutuam, jamais suficientes para expressar o amor que acumulam. Meu amor é vasto e verdadeiro, tal qual o luar, nele me vejo inteiro. Sem a luz do teu olhar, perco a direção, é nos teus beijos que encontro a inspiração. Teu beijo, qual rio, em mim desemboca, no mar do meu ser, onde tua essência evoca. Meu coração é um oceano profundo, onde cada verso revela o amor num segundo. Neste amor que transcende o visível, sentimento por ti, tão incrivelmente indescritível. Cada gota deste mar, tua essência reflete, sob o céu azul, esse poeta por ti se deleita. Tua presença em meu viver é qual luz intensa, que em meio às sombras, brilha e recompensa. Nas profundezas do meu ser, teu amor ressoa, ecoando como doce melodia que se apaixona. Cada palavra escrita é um suspiro de paixão, um fragmento ardente do meu coração.  Nas ondas deste mar, onde ete...

Pedaço de saudade

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  Pedaço de saudade.    Nasci lá onde o céu beija a terra, nas vastas canhadas destes costões de Serra, herdei o tiro de laço tal qual meu pai também herdou do seu, e da minha mãe a poesia da qual sou eternamente prisioneiro cujo coração sempre reconheceu .     Terra pra chamar de minha, não sei se tive, talvez a vastidão deste Planalto seja o que Deus me deu, pois trago o legado do jagunço, com seu facão de guamirim, me toca o sangue encarnado do caboclo peleador que ecoa no Contestado, pulsando forte em mim.   Correndo feito o rio preto sempre bravo no peito que a vida esculpiu, sou dos que o destino endureceu, nas histórias que quase sumiu. Nos pinheirais alheios, onde os dias lentos se desfizeram, cuidei destas florestas como minhas, embora nunca me pertenceram.   Vem a história do dia, um desafio me foi dado. Um taura preto, testa e uma pata branca, o picaço aclamado. Cavalo crioulo chileno, largado, mas jamais renegado. Daquele guacho, um ...

Barreiras do Tempo

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  Barreiras do Tempo Certo dia, dentro da década dos anos noventa, busquei um cachorrinho recém desmamado, um presente de um velho amigo chamado João Faisel. Esse cachorro, faceiro que só, levei morar comigo nas bandas da Colônia Olsen, interior donde eu morava. No início, ele vivia solto, mas quando chegava visitas prendia na corrente, pois sua estrutura imponente assustava os que vinham se chegando na morada. Cigano foi o nome que lhe dei, partilhávamos de caçadas dentro da matas daqueles rincões, e ele, mesmo com suas cicatrizes marcadas pelos dentes dos quatis, com a falha na pata por conta de uma peleia que teve, nunca deixava de estar ao meu lado. Numa certa noite, a boiada do vizinho invadiu a plantação de nossa propriedade. Cigano me avisou em meio a noite com um uivo diferente, de pronto me larguei com ele pelas canhadas que nos levaria até lá. Chegando lá, eu, acabei me desiquilibrando ao ter que recuar ligeiro para traz, enrosquei-me num torrão do lavrado e caí, mas Cig...

Terra, sonho e lenda

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  Terra, sonho e lenda   Nas terras do Planalto Norte, onde as cachoeiras entoam canções, Surge a história de uma luta, tecida em corações e paixões. Onde a estrada de ferro cortava a floresta sem fim, Começou um conto de ganância, de esperança, um conto sem fim.   Madeireira, estendia suas garras, sedenta por madeira, Facquar, o magnata, esquecia que cada árvore era uma vida inteira. Nesse cenário, LEVANTAM-SE jagunços, em busca de justiça e para se manter em suas terra, Guiados crenças, monges, lendas, fé contra a guerra.   Era um tempo de lendas vivas, de Doze Pares de França, De São Sebastião, de sonhos, onde a esperança ainda dança. Nessa terra, Madrinha Maria Rosa, curandeira, mãe dos desprotegidos, E Chica Pelego, guerreira, defensora dos injustiçados e feridos.   As vozes das mulheres ecoavam, fortes, pelas coxilhas e vales, Nos ensinando que em meio à luta, sua coragem jamais falha. Elas, com suas mãos de cura e esp...